PLANEJAMENTO VIÁVEL, PARA EVITAR PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM EM SALA DE AULA.”
Angela Cristina Munhoz Maluf

O educador deve propiciar à criança condições de melhorar suas formas de comunicação e expressão, desenvolvendo não apenas a linguagem oral, mas também outras linguagens: mímica, música, dança, gráfica (recorte, colagem, pintura etc), plástica (modelagem, dobradura, etc) e outras.

Acredito que todo o planejamento para ser viável deve partir do conhecimento do sujeito para quem vamos dirigir a nossa ação educativa.

O primeiro passo é tentar conhecer a criança, suas características e possibilidades, bem como a realidade em que vive.

O segundo passo é chegar até a criança e fazê-la abrir-se com você, é sem dúvida o ponto de partida para um bom relacionamento escolar, condição indispensável para uma harmoniosa integração do educando ao universo da escola.

Somente depois de integrar-se é que a criança terá condição de participar, ativa e proveitosamente, das atividades.

Em classes pré-escolares, essa integração torna-se mais importante pela própria dificuldade em se obter uma intercomunicação inicial, agravada pelo fato de a criança estar saindo pela primeira vez do seu mundo familiar.  Ao enfrentar sozinha o convívio com pessoas estranhas, num local desconhecido, fora do seu lar, é natural que fique inibida, desconfiada, insegura e com muitos temores.

Num planejamento, não podemos esquecer das atividades recreativas. Elas auxiliam o desenvolvimento dos grandes músculos, aprimora a coordenação motora, o senso rítmico, oferecendo oportunidades à criança de gastar toda energia de que é portadora.

Os jogos, os brinquedos e as rodas cantadas têm grande valor para o amadurecimento emocional e social, pois através dessas atividades a criança liberta tensões e desenvolve o espírito de companheirismo.

A música também desempenha um papel muito importante na educação.
A criançada gosta de cantar, ouvir música, dançar e produzir sons.  Através das atividades musicais podemos desenvolver a coordenação de movimentos e a expressão corporal, além de outras habilidades, como a de aprender a ouvir, não apenas música, mas também outros sons como: vento, a chuva, os pássaros, as buzinas,,as vozes, os risos,os assobios, etc.

Através do seu corpo e da sua sensorialidade (conjunto de informações visuais, auditivas, gustativas, táteis, gustativas e olfativas), a criança entra em contato com o mundo exterior que será apreendido por seu ser inteiro.

Nas atividades a serem planejadas, o educador precisa levar em conta, no aluno, o prazer, a satisfação de sua necessidade de superar desequilíbrios provocados por situações novas, para que assim, ele se reequilibre positivamente.

Compete ao educador organizar sua sala de aula de modo a torná-la um ambiente propício para que a criança sinta-se parte integrante do processo através de experimentos, de interações com colegas, isto como situação rotineira, em que ele sinta que a aprendizagem requer o seu esforço pessoal, que vem do seu interior.

É preciso deixar a criança ser espontânea, porém com liberdade e direção e não permitir que ela faça o que quiser sem saber aonde chegar.

A sinceridade com a criança é fundamental para que ela confie no educador, ela adquirirá confiança quando se sentir envolvida por afeto e compreensão.
Não faça elogios falsos, faça críticas seguras, para ela sentir-se capaz de prosseguir em seu processo de desenvolvimento.

A atitude do educador influi na criatividade do educando. Um olhar feio, uma resposta brusca uma crítica ou um pedido de explicação, ás vezes são bastante para esfriar o entusiasmo, interromper um gesto, impedir uma criação. Por outro lado, a atitude de valorização de suas pesquisas, suas descobertas, sua expressão individual, por parte do educador, em relação ao educando, dão abertura ao seu potencial criador e permitem o seu melhor desempenho em sala de aula.

Podemos organizar novas formas de intervenções pedagógicas que contribuirão e favorecerão o desenvolvimento  do educando, e assim estaremos contribuindo para a formação de educandos participativos, interagindo no mundo, abertos a constantes adaptações.

Construa educador, você também o seu conhecimento no seu interior, fruto do seu esforço pessoal e muito poderá colaborar na melhoria da nossa sociedade.
Bibliografia
ABRAMOVICH, Fanny - O estranho mundo que se mostra às crianças. São Paulo, Summus V. 13 – Coleção Novas buscas em Educação – 1983
ALENCAR, E.M. S - Como desenvolver o potencial criador. Petrópolis –RJ, Vozes – 1993
_____________    Criatividade. Brasili – editora da Universidade de Brasília, Brasília DF – 1995
______________  A gerência da criatividade.  Sao Paulo SP, Makron Books - 1996
CECCON, Claudius et Alii - A vida e a escola da vida. 7ªEd. – Vozes- Petrópolis – RJ – 1983

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